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Postado em 12 de Julho de 2017 às 15h50

O custo Brasil no setor logístico

Logística (1)
Correia - Peças e Implementos Rodoviários Tentando superar o desafio de aumentar a competitividade, alcançar desenvolvimento  tecnológico além de aumentar a qualidade dos produtos e serviços ofertados, as...

Tentando superar o desafio de aumentar a competitividade, alcançar desenvolvimento  tecnológico além de aumentar a qualidade dos produtos e serviços ofertados, as empresas de transporte brasileiras estão buscando implementar ações de redução de custos.

Porém a maioria dos casos dessas ações, redução da folha, maior controle sobre questões operacionais como ligações telefônicas, são isoladas e sem grande impacto no cenário geral.

Não há dúvidas de que atitudes como essas podem e de fato ser nescessárias, em qualquer segmento de mercado, mas só isso não basta.

Já empresas que veem no segmento logístico um viés estratégico tem implementado ações de caráter administrativo de forma integrada, onde se analisa todo o processo, desde o fornecimento de matérias-prima, até o grau de satisfação dos clientes com o produto entregue.

A soma total de gastos com serviços administrativos, estocagem, armazenagem e claro, transporte - AAET - de mercadorias compôe o custo logístico, que hoje responde por nada mais, nada menos do que 12,5% do produto interno bruto brasileiro.

Essa taxa corresponde a algo em torno de R$ 750 Bilhões, esta cifra gigantesca acaba afetando de maneira extremamente negativa a capacidade competitiva do nosso país.

Só para termos um parâmetro de comparação, nos Estados Unidos, o custo logístico responde por menos de 8% do PIB,  informação do estudo "Custos Logísticos no Brasil", organizado pelo Instituto de Logística e Supply Chain.

Os números do AAET:

Administração: 0,5% do PIB -> R$ 28 Bilhões;

Armazenagem: 0,9% do PIB -> R$ 54 bilhões;

Estoque: 4,5% do PIB -> R$ 268 bilhões;

Transporte:
6,8% do PIB -> R$ 401 bilhões.

No inicio da década houve um aumento do custo logístico brasileiro devido à expansão economica vivida pelo país, porém havia o enorme gargalo da falta de infra-estrutura para suportar toda aquela demanda.

E a falta de outras vias de transporte mais baratas, como a hidroviária, onde o custo é substancialmente mais baixo do que o rodoviário, fez com que os indices se mantivem  em patamares mais altos.

Com o arrefecimento da demanda comercial, ocasionada pela atual recessão, a pressão sobre a estrutura de transportes tem diminuido. Como resultado, estamos vendo um aumento do custo de estocagem em torno de 0,7%, resultado direto da diminuição da atividade economica, redução do consumo.

Diante deste cenário, é imperativo que o setor implemente ações que  otimizem a logística brasileira, procurando reduzir os gargalos encontrados no início da década, quando a economia esteve aquecida.

A criação de mecanismos geradores de um cenário favorável e mais convidativo ao investimento externo é uma dessas ações. A procura por solucionar a questão da segurança jurídica, que a bem da verdade é pífia em nosso país, sem dúvidas aumentaria a entrada da iniciativa  privada externa.

Para se ter uma ideia, entre 2013 e 2015, investiu-se menos de 0,20% do produto interno bruto em infra-estrutura do setor de transportes.

Diante de todos esse fatores, hora limitantes, fica claro que precisamos otimizar a proporção
entre as diversas modalidades de transporte existentes, para que possamos assim reduzir o custo logístico brasileiro. Segundo o Instituto de Logística e Supply Chain, teríamos uma redução em torno de R$ 90 Bilhões em comparação com os dados atuais. 

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